Desde
o dia 25 de maio, os servidores da UERN se encontram em greve em razão do
descumprimento de acordo firmado junto a reitoria e o governo do Estado. Esse
acordo garantia investimentos na infraestrutura, reposição salarial e
efetivação do Plano de Cargos e Salários.
Além
de não cumprir o acordo, governo e reitoria ainda não apresentaram nenhuma
contraproposta concreta para resolver o impasse, por eles criado. Na
reunião realizada no último dia 8 de junho, numa manobra evasiva, o governador
Robinson Faria, com a conivência da reitoria, tentou enganar os servidores da
UERN e confundir a opinião pública. Desconsiderando que o acordo mencionado foi
resultado do trabalho de uma comissão composta por integrantes do governo, dos
sindicatos e da reitoria, foi proposta a formação de novas comissões para
repetir o trabalho já realizado.
É
evidente que tal estratégia tem o objetivo de retardar ou mesmo burlar o
processo de negociação, pois como afirmou o próprio secretário de
Planejamento do Estado na reunião citada, quando
o governo não quer negociar, forma comissões.
Para
por fim a greve na UERN é necessário que o governador Robinson Faria
assuma sua responsabilidade enquanto gestor e cumpra o acordo, em respeito aos
servidores e a sociedade norte-rio-grandense. O descumprimento desse acordo
reflete não apenas uma insegurança jurídica, mas, sobretudo, política e ética.
Coadunar com este pensamento é subjugar o direito de greve assegurado na Constituição
Federal e amordaçar o resultado de uma negociação democraticamente conquistada.
É
preciso ressaltar ainda que a Reitoria e os parlamentares do Rio Grande do
Norte precisam assumir com firmeza a defesa dos justos direitos dos servidores
da UERN, sob pena de contribuírem, com a omissão, com os erros administrativos
e políticos do governo do Estado, cujos efeitos nefastos pesarão não apenas na
comunidade uerniana, mas em toda a sociedade potiguar.
Foto: veja.abril.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário